Mesmo
com pouco espaço para o cinema brasileiro, que fica sem concorrer a prêmios
neste ano, o Festival de Cannes, que começou na
quarta (15) e vai até 26 de maio ,
conta com produções do Brasil nas sessões paralelas.
Além dos curtas "Pátio", de Aly Muritiba, na Semana da
Crítica, e "Pouco mais de um mês", de André Novais Oliveira, na
Quinzena dos Realizadores, o filme "Parents", baseado na canção
"Pais e filhos", da Legião Urbana, será exibido diariamente na mostra
Short Film Corner.
Dirigido pelo mineiro Thalês Correa, de 24 anos, o curta foi
produzido nos Estados Unidos, onde ele mora há três anos. Em entrevista ao G1,
o cineasta estreante, que estuda em Los Angeles, conta que a ideia surgiu a
partir de um "transe" que teve em janeiro do ano passado.
"Estava com meus amigos em um bar da minha cidade, Campo Belo, quando
'Pais e filhos' começou a tocar e o filme inteiro se formou na minha
cabeça", diz.
Cinco meses depois, ao receber a notícia de que seu pai havia
falecido, a letra da canção de Renato Russo voltou a fazer parte de sua vida.
"Eu estava trabalhando muito nos EUA e meu pai adiava a viagem para cá por
causa da plantação de café dele. Aconteceu de repente. Ele estava no sofá e o coração
parou. E aquele trecho 'é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã'
fez todo o sentido", afirma.
Thales, que já tentou ser ator em SP e no Rio, decidiu que seu
lugar era atrás das câmeras. “Eu queria palpitar nas produções que não gostava.
Poderia fazer algo muito melhor do que aquilo que estava atuando”, diz. Ele
fala que a morte de seu pai o impulsionou a tomar a iniciativa de dirigir seu
próprio filme – ideia que o amedrontava. “Você é muito julgado, desde o início
do roteiro até quando passa nos cinemas, por ser o responsável”.
Por meio de amigos em comum, o estudante conheceu Ludmila Dayer
em Los Angeles. No filme, a atriz interpreta uma mulher de classe média que não
tem um bom relacionamento com sua filha adolescente. "Jamais achei que ela
fosse aceitar o papel por ser um curta e por ser meu primeiro projeto",
revela.
Thales conta que sempre foi muito fã do trabalho de Ludmila e
que escreveu o roteiro já pensando nela. "Desde que a vi como a Joana, de
'Malhação', gosto muito dela. Quando a conheci, parecia que já erámos amigos
desde aquela época".
Sobre seu curta ser lançado na mesma época que os longas "Somos tão jovens", de Antônio Carlos da Fontoura, e "Faroeste caboclo", de René Sampaio, Thales afirma que foi uma "coincidência bacana". "Mas não quero ter o rótulo de que estou pegando carona em uma modinha", completa.
Fonte : http://m.g1.globo.com
Sobre seu curta ser lançado na mesma época que os longas "Somos tão jovens", de Antônio Carlos da Fontoura, e "Faroeste caboclo", de René Sampaio, Thales afirma que foi uma "coincidência bacana". "Mas não quero ter o rótulo de que estou pegando carona em uma modinha", completa.
Fonte : http://m.g1.globo.com
sabe onde posso baixar o curta? obrigada.
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